A mistura de álcool e bebidas energéticas é muito comum em festas. Porém, a associação das duas bebidas pode gerar alguns riscos à saúde, segundo o médico cardiologista Alexsandro Fagundes, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). Em entrevista ao Band Receitas, o especialista faz alertas importantes para quem vai curtir o Carnaval. Assista ao vídeo acima!
Segundo Fagundes, não existe uma dose segura para a mistura de álcool com energéticos. “Recomenda-se, de maneira geral, que essa associação seja evitada”, diz o médico.
Efeitos adversos da mistura de álcool com bebidas energéticas
Palpitações, tontura, sudorese, palidez, sensação de disparo no coração, náusea e sensação de desmaio são alguns dos efeitos adversos da combinação. O médico também afirma que o consumo exagerado de álcool com energético pode provocar aumento da pressão, aumento da frequência cardíaca e desenvolvimento de algumas arritmias.
Alguns ingredientes presentes nos energéticos tornam essa mistura ainda mais perigosa. A cafeína, a taurina e o açúcar, por exemplo, ajudam a disfarçar o sabor da bebida alcoólica, o que favorece o aumento do consumo do álcool.
A cafeína por si só também contribui para o consumo exagerado do drink pois pode alterar a percepção de embriaguez. Ao mesmo tempo, a taurina pode colaborar para a redução da sensação de fadiga muscular, fazendo com a pessoa se sinta menos cansada do que realmente está. As informações são do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA).
Quais são os grupos de risco?
Os principais grupos de risco para desenvolver problemas relacionados à associação de álcool com energético são pessoas que já possuem doenças cardíacas, pressão alta, arritmias e doenças neurológicas ou psiquiátricas.
Recomendações para o consumo de álcool com energético
Quando a associação é feita, o médico sugere que não ultrapasse a quantidade de uma dose de álcool e uma latinha de energético. Para quem optar por consumir a mistura durante o Carnaval, Fagundes recomenda que se mantenha bem hidratado, respeite o uso máximo e que não combine a bebida com outras drogas, lícitas ou ilícitas. Por fim, o médico destaca que é importante consultar um médico antes de se expor a qualquer situação de risco.