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Por que o macarrão instantâneo cozinha tão rápido? Entenda

Sódio, gordura e conservantes encontrados no alimento podem causar grandes problemas à saúde

Michelly Marques

Macarrão instantâneo
Macarrão instantâneo
Pixabay/Reprodução

Típico da culinária japonesa, o macarrão instantâneo, mais conhecido como ‘miojo’, é o melhor amigo daqueles que têm pressa no dia a dia ou que buscam economizar no final do mês. O tempo rápido de preparo, normalmente em 3 minutos, acontece porque ele é um alimento semi-pronto: “Ele é pré-cozido e depois frito para perder a água e ficar com o aspecto seco, o que o torna mais rápido de preparar”, afirma a nutricionista Maiara Souza, da clínica Geisa Costa. 

Macarrão instantâneo faz mal à saúde?

Apesar das características do macarrão serem completamente funcionais para o dia a dia, o alimento é prejudicial à saúde, já que é ultraprocessado e muito distante dos ingredientes in natura: “Ele tem alto teor de sódio, gordura e conservantes, podendo causar problemas, desde a retenção de líquidos até pressão alta e colesterol”, comenta a especialista.  

Em 2020, segundo a Associação Mundial de Macarrão Instantâneo, o Brasil consumiu cerca de 2,7 bilhões de porções do produto, o que significa um aumento de 11% em comparação com o ano anterior, enquanto o crescimento global foi de 9,6%. 

De acordo com Maiara, o crescimento do consumo do ‘miojo’ é algo negativo, pois o macarrão instantâneo é o mais distante de comida natural que um alimento pode chegar: “O consumo de qualquer ultraprocessado deve ser o menor possível”. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo de sal não ultrapasse 5 gramas por dia. O macarrão instantâneo carrega consigo, em média, 1.396 mg e não possui nenhuma vitamina. “Pelo prejuízo que ele agrega (com ou sem o pacotinho de tempero pronto), não vale a pena incluí-lo na alimentação”, ressalta a nutricionista. 

Como surgiu o macarrão instantâneo? 

Lançado em 1.958, o macarrão instantâneo foi desenvolvido pelo empreendedor japonês Momofuko Ando, que buscava um produto para se adequar às condições vividas pelo Japão pós Segunda Guerra Mundial.  O objetivo era produzir um alimento de baixo custo, que fosse fácil de armazenar e acessível à população japonesa que passava fome naquela época.