Típico da culinária japonesa, o macarrão instantâneo, mais conhecido como ‘miojo’, é o melhor amigo daqueles que têm pressa no dia a dia ou que buscam economizar no final do mês. O tempo rápido de preparo, normalmente em 3 minutos, acontece porque ele é um alimento semi-pronto: “Ele é pré-cozido e depois frito para perder a água e ficar com o aspecto seco, o que o torna mais rápido de preparar”, afirma a nutricionista Maiara Souza, da clínica Geisa Costa.
Macarrão instantâneo faz mal à saúde?
Apesar das características do macarrão serem completamente funcionais para o dia a dia, o alimento é prejudicial à saúde, já que é ultraprocessado e muito distante dos ingredientes in natura: “Ele tem alto teor de sódio, gordura e conservantes, podendo causar problemas, desde a retenção de líquidos até pressão alta e colesterol”, comenta a especialista.
Em 2020, segundo a Associação Mundial de Macarrão Instantâneo, o Brasil consumiu cerca de 2,7 bilhões de porções do produto, o que significa um aumento de 11% em comparação com o ano anterior, enquanto o crescimento global foi de 9,6%.
De acordo com Maiara, o crescimento do consumo do ‘miojo’ é algo negativo, pois o macarrão instantâneo é o mais distante de comida natural que um alimento pode chegar: “O consumo de qualquer ultraprocessado deve ser o menor possível”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo de sal não ultrapasse 5 gramas por dia. O macarrão instantâneo carrega consigo, em média, 1.396 mg e não possui nenhuma vitamina. “Pelo prejuízo que ele agrega (com ou sem o pacotinho de tempero pronto), não vale a pena incluí-lo na alimentação”, ressalta a nutricionista.
Como surgiu o macarrão instantâneo?
Lançado em 1.958, o macarrão instantâneo foi desenvolvido pelo empreendedor japonês Momofuko Ando, que buscava um produto para se adequar às condições vividas pelo Japão pós Segunda Guerra Mundial. O objetivo era produzir um alimento de baixo custo, que fosse fácil de armazenar e acessível à população japonesa que passava fome naquela época.