Se a gastronomia sempre uniu culturas, ela também pode unir pessoas. É o caso de Beth Orlovas e Carlos Cunha, churrasqueiros profissionais e pais do Carlinhos e da Valentina. Juntos há 12 anos, os chefs - figurinhas carimbadas no Melhor da Tarde - contam ao Band Receitas detalhes dessa parceria dentro e fora da cozinha - que rende histórias.
Uma dessas aliás, foi um jantar romântico em que Beth Orlovas, querendo agradar o parceiro, preparou um frango inteiro, mas se esqueceu de tirar as unhas do animal. Leia abaixo o bate-papo completo:
Como vocês se conheceram? Foi no meio gastronômico?
Carlos: Quando eu conheci a Beth, ela não cozinhava praticamente nada. O repertório dela era zero, até ruim pra falar a verdade. Só fazia estrogonofe e moqueca! [risos]
Beth: Ah, eu era esforçada, vai!
Carlos: Eu tinha uma bagagem maior por causa da minha mãe, que é cozinheira, e do meu pai, dono de restaurante. Fazíamos muitos almoços juntos e quando a Beth entrou para família, o gosto dela ampliou.
E o que motivou a Beth a entrar neste universo?
Carlos: Quando a nossa primeira filha (Valentina) chegou, as coisas deram uma deslanchada.
Beth: Verdade! Foi aí que eu comecei a aprender mesmo, porque eu queria cozinhar tudo pra pra ela, fazer o mais gostoso possível. Acho que minha filha que me colocou na cozinha e me ensinou muito do que sei hoje, sempre falo isso pra ela.
Que bonito! Em que momento o churrasco entrou na vida de vocês?
Beth: Ah, nós começamos por hobby!
Carlos: É, eu sempre trabalhei como executivo de vendas, não tinha nada a ver com gastronomia. Fazia churrasco por gostar mesmo, postava nas redes sociais despretensiosamente e, aí, esse mundo digital começou a levar a gente pro universo do churrasco.
Então a gastronomia conectou ainda mais o casal?
Carlos: Bastante! Fazemos todo o processo juntos, a ideia, a compra, o preparo…
Aposto que vocês enviam várias receitas um para o outro…
Beth: O dia todo! Estamos sempre juntos: na grelha, na cozinha e até mesmo na hora de criar conteúdo, um ajuda o outro, ele grava pra mim e vice-versa.
E dentro da cozinha, como é a sintonia de vocês? Um faz o mise en place, enquanto o outro cozinha ou é improvisado?
Carlos: Hoje, já estamos num nível profissional. Então, até mesmo quando estamos em casa, não fazemos nada de forma intuitiva, é sempre tudo muito bem planejado antes.
Beth: O Cunha chega com a ideia e eu com a execução. O mais incrível é que as nossas ideias sempre batem!
Seus filhos se interessam pela gastronomia?
Beth: Muito! A mais velha nem tanto, porque ela já é adolescente, mas o Carlinhos (4 anos) não pode me ver indo pra cozinha que já pega um banquinho.
Carlos: E ele é super exigente, tá? Adora vegetais e só come se tiver um empratamento bonito.
Então, o Carlinhos é o “cliente” mais exigente de vocês?
Beth: Exatamente! Como a gente faz muita foto de prato, ele não aceita menos do que um empratamento de capa de revista.
Pra finalizar, vocês têm uma história engraçada na cozinha?
Carlos: Eu tenho uma boa! A Beth percebeu que eu gostava muito de comer frango. Assim, inteiro: pescoço, coração, moela, pé… Querendo me agradar, ela fez a receita, empratou bonito e veio me mostrar. O problema é que ela se esqueceu de tirar as unhas do frango!
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