Zé Batidão, dono de feijoada famosa, conta que trabalhou como escravo

Zé Batidão, dono de uma das feijoadas mais famosas na periferia, emociona ao relembrar trajetória: “Trabalhei como escravo”

Da Redação, com Minha Receita

Jacquin visita Zé Batidão, dono de uma das feijoadas mais famosas na periferia de SP
Jacquin visita Zé Batidão, dono de uma das feijoadas mais famosas na periferia de SP
Reprodução/Band TV

Dentre as histórias contadas na estreia do ‘Minha Receita’, programa que foi ao ar nesta quinta-feira, 08, estava a do Zé Batidão, dono de uma das feijoadas mais famosas da periferia de São Paulo. Seu Zé é de Minas Gerais e chegou em São Paulo em 1969. Até essa época, trabalhou como escravo.

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“Saí de Minas aos 17 anos. Lá, trabalhava como escravo na fazenda. Trabalhava sem ganhar nada, trabalhava só pela comida e ia de sol a sol”, relembrou ele. Questionado por Jacquin se ele sentiu falta de muita coisa na vida, Seu Zé emocionou quem assistia ao programa: “Muita. Não tive infância. Por isso [minha comida] é boa. Isso é feito com carinho e amor. Isso aqui é minha vida”.

Seu Zé, em pessoa, faz, há 30 anos, sempre às quartas e sábados, sua feijoada no Zé Batidão. Mas, não é só com comida que ele alimenta seus clientes: o local abriga uma biblioteca e é sede de saraus do CooPerifa.

Generoso que só, ele ainda revelou o segredo da sua receita: “A minha feijoada, deixo de molho três dias na água fria, que é para tirar todo o sal. Depois, cozinho os pedaços inteiros. Aí, depois, divido nas panelinhas, assim todas ficam com quantidades iguais de carne. O segredo da boa feijoada é comprar uma boa carne.”