Se você não bebe, não deve cozinhar com ele. Essa é a máxima para aproveitar toda a complexidade do vinho, uma bebida alcoólica que vai muito além da harmonização com pratos — em algumas receitas, ele vira tempero ou ingrediente obrigatório, caso do coq au vin, risoto e fondue.
Parece divino (e é!), mas são necessários alguns cuidados para se aventurar com os vinhos em preparos e receitas. Quem nos ajuda neste pequeno guia de dicas é Bárbara Frazão, chef de cozinha e vencedora da 5ª temporada do MasterChef Profissionais. Confira:
Nada de vinho suave
Isso não signifique que precise ser um vinho muito caro. Segundo a chef, até podemos pensar em custo benefício, desde que ele seja seco. "Vinhos suaves possuem adição de açúcar e deixam um gosto residual ruim na comida. A ideia de colocar a bebida na receita é contribuir para um sabor e aroma agradável", explica Bárbara.
Ela garante que existem ótimos vinhos abaixo de 50 reais, tanto para beber quanto para cozinhar e aconselha: "A questão é priorizar vinhos secos, com processos de fermentação e elaboração que buscam qualidade e bom resultado final. Leia os rótulos, busque por uvas de sua preferência e que harmonizam com o preparo!".
Escolha muito bem
Cada receita merece um vinho diferente. Os tintos, por exemplo, são para sabores mais intensos e para valorizar caldos, molhos e preparações. Já os brancos são bons para uma camada a mais de sabor, contribuindo para um aroma melhor do prato.
O último, porém, não alteram o visual final de um prato. Os vinhos do Porto, por sua vez, "podem ser usados para elaboração de sobremesas ou para harmonizar com elas", diz a chef de cozinha.
Adicione a bebida na hora certa!
O vinho até pode mudar com a preparação, mas se você colocar na etapa errada, tudo pode desandar. A bebida deve ser acrescentada no pico de calor dos ingredientes para dar choque térmico e evaporação. Então, nada de colocar no final, combinado?