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Qual a diferença entre vinho branco, rosé e tinto? Especialistas explicam

A coloração da casca da uva determina cada tipo da bebida; saiba mais

Por Amanda Caroline

Vinho branco, rosé ou tinto: qual seu preferido?
Vinho branco, rosé ou tinto: qual seu preferido?
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O vinho é conhecido pela sua versatilidade: ele harmoniza com pratos variados (doces e salgados) e agrada os mais diferentes paladares. Existem opções de rótulos para todos os gostos, mas como escolher entre vinho branco, rosé e tinto?

Especialistas da Casa Flora, importadora de vinhos com 50 anos de atuação no mercado, explicam a principal diferença entre os três tipos da bebida. Confira:

“O que determina um vinho branco ou tinto é, de forma geral, a coloração da casca da uva”, afirma Paulo Amalfi, gerente de categoria da Casa Flora. Mas os vinhos brancos, que são leves e frescos, também podem ser feitos a partir de uvas tintas – tudo depende da exposição da bebida às cascas da fruta.

“Além da coloração forte, os vinhos tintos têm muito mais tanino, que causa a sensação de ‘amarração’ na boca [adstringência]”, completa o executivo.

E o vinho rosé?

O sommelier da importadora, Renato Lutgens, aponta as características do vinho rosé. “São vinhos mais leves, frutados e aromáticos”, diz o expert.

“O rosé, que está em alta, nada mais é do que um vinho branco em sua elaboração. Em um contato mais rápido [da bebida com as cascas], ele fica mais claro. Subindo os degraus de coloração, se não houver a interrupção da pigmentação do vinho, ele vira um tinto”, detalha. 

Vinho seco versus vinho suave: qual é melhor?

A diferença entre o vinho seco e o suave está na quantidade de açúcar. “O vinho suave é elaborado a partir de uvas de mesa. São vinhos de baixo custo e, alguns deles, passam pela interrupção da fermentação para a adição de açúcar, o que nós chamamos de chaptalização”, explica Lutgens. Os vinhos doces, por exemplo, podem ter até 60 gramas de açúcar por litro.

“Os vinhos secos são vinhos finos elaborados a partir das uvas tintas como cabernet sauvignon, merlot, malbec e syrah. Aqui, o processo de fermentação acontece na transformação de açúcar em álcool e eles possuem quantidade bem reduzida de açúcar residual”, acrescenta.

Entretanto, ao contrário do que dizem, um vinho não é melhor do que outro. “Não existe vinho bom ou ruim. Vinho bom é aquele que agrada o seu paladar”, finaliza Paulo Amalfi.