A gordura abdominal superficial, aquela mais visível, pode até incomodar algumas pessoas, mas, o que poucos sabem, é que a camada de gordura visceral – a interna e nem sempre tão aparente – é a verdadeira vilã da história. A alimentação correta, por outro lado, pode ser aliada nesta questão.
O acúmulo de gordura na parte interna do músculo abdominal, segundo a nutricionista Adriane Marcom, convidada do The Chef, programa do Edu Guedes, pode trazer problemas metabólicos, uma vez que está localizada na área dos órgãos, podendo espalhar, inclusive, para o fígado.
Do mesmo jeito que a alimentação contribui para a diminuição da gordura abdominal visceral (saiba mais sobre abaixo), alguns alimentos, porém, podem piorar a situação. “Evite o excesso de comidas com alto índice glicêmico, como os refinados”, diz a especialista. “Como são alimentos que viram açúcar muito rápido dentro do organismo, acabam estimulando a insulina, o que potencializa o acúmulo de gordura”, complementa. “Quantidade é tudo e o excesso [desses alimentos] é estocado no tecido adiposo”.
Abaixo, confira a lista de alimentos que auxiliam no combate à gordura abdominal:
1. Morango e limão
Ricos em antioxidantes, morango e limão, além de possuírem vitaminas e minerais que são ótimos para o sistema imunológico, ajudam a combater a inflamação. “Quando há o problema de acúmulo de gordura visceral, abdominal, há estímulo de insulina e ambos [morango e limão] ajudam a melhorar a absorção e o combate à inflamação”, explica a nutricionista. “Sem falar que eles possuem fibras, que colaboram na absorção da glicose.”
2. Pimenta, gengibre, canela e cúrcuma
Pimentas, gengibre, canela, cúrcuma, além de outras especiarias, são alimentos termogênicos, ou seja, aceleram o metabolismo e, consequentemente, a queima de calorias. A indicação da nutricionista é o consumo em chás logo pela manhã. “Consumir ainda em jejum, pela manhã, também é legal para potencializar essa ação antioxidante”.
3. Carne e lentilha
A palavra de ordem aqui é proteína. Segundo a nutricionista é a proteína animal, ou vegetal, que vai dar sensação de saciedade e evitar o excesso de carboidratos. “A lentilha é um tipo de proteína vegetal excelente para quem é vegetariano. Ela, em quantidades adequadas, produz efeito reverso da insulina, potencializando o glucagon, que ao invés de estimular a insulina no sangue e estocar gordura, retira a insulina para queimar”, explica. Grão de bico, soja, ervilha e quinoa também são ótimos exemplos.
Dica 1: para os vegetarianos, quanto maior a variedade de proteínas vegetais no prato, melhor. “Costumo indicar dois ou três tipos de proteína vegetal no mesmo prato, para conseguir suprir a carne vermelha”.
Dica 2: seja para os carnívoros, seja para os vegetarianos, a dica da nutri para não exceder na quantidade de nenhum tipo alimento é fazer combinações, colocando um pouco de carboidrato, um pouco de proteína, um pouco de legumes, um pouco de folhas, até completar o fundo do prato. “Assim, você acaba não excedendo nenhum tipo”.
4. Chia, linhaça e aveia
Alimentos ricos em fibras, como chia, linhaça e aveia, melhoram a absorção dos carboidratos. Ou seja, ao invés de se transformarem rapidamente em glicose e darem o estímulo de insulina, a absorção das fibras é algo lento. “Se você come a banana, que é um carboidrato, com chia, por exemplo, o alimento deixa de ser absorvido rapidamente para ser gradual, evitando pico de insulina. Isso ajuda muito no controle da gordura visceral e abdominal”, diz Adriane. Sem falar que ajudam na saciedade.
5. Feijão
Feijão, assim como outros alimentos – inclusive proteínas animais, possuem cromo, mineral que trabalha junto com a insulina, auxiliando na diminuição do colesterol e, consequentemente, melhorando alguns tipos de diabetes. “A gente não precisa de muita quantidade de cromo por dia. O recomentado é em torno de 50 mcg a 200 mcg por dia. O feijão da hora do almoço (cerca de 100 gramas) tem em torno de 19 mcg de cromo”, explica a nutricionista.