O inverno começou nesta terça-feira (21), às 6h14, no Hemisfério Sul. Com a estação mais fria do ano no Brasil, chega junto a vontade – ainda maior! – de comer alimentos quentinhos e calóricos. Por que comemos mais nesta época? Especialista explica o aumento do apetite quando as temperaturas caem.
Ao Band Receitas, a nutricionista Viviane Gomes, do Instituto Castro, conta que comemos mais alimentos ricos em carboidratos no inverno pois, no frio, o corpo gasta mais energia para se manter aquecido. Essa energia, no entanto, vem da comida.
“A temperatura normal do nosso corpo é de 36,5ºC. O aumento ou a diminuição desta temperatura pode causar danos ao organismo. No frio, o corpo age para evitar a hipotermia (temperatura menor que 35ºC). Com a queda das temperaturas, as funções das células corporais passam a não funcionar adequadamente. Portanto, o organismo aumenta seu gasto energético para manter a temperatura corpórea”, explica a profissional.
Hábitos alimentares tendem a mudar no inverno
Nossa rotina alimentar tende a mudar nesta estação gelada. A vontade de ingerir alimentos mais gordurosos aumenta, mas é preciso atenção aos hábitos do dia a dia e manter uma dieta balanceada. Evite o consumo de alimentos maléficos à saúde e opte por opções mais saudáveis.
Sopas e caldos são ótimos pratos para o período gelado. “Fique atento aos ingredientes, preparos e acompanhamentos para essa refeição não se tornar tão calórica”, alerta a especialista.
Não deixe de consumir frutas, verduras e legumes para garantir boa imunidade e evitar gripes e resfriados no inverno. Mantenha-se hidratado e beba água.
Risco de infarto aumenta no inverno
Nesta estação, as chances de infarto aumentam em até 30%. “Isso se deve a alguns mecanismos que o nosso organismo tem para evitar a perda de calor. O principal deles é a contração das nossas artérias periféricas. Por isso, nós sentimos as nossas extremidades frias, como as mãos, nariz e orelhas. Isso evita que o corpo perca calor, mas, ao mesmo tempo, faz com que o coração tenha que trabalhar contra uma resistência aumentada e pode gerar, também, um aumento da pressão arterial”, explica a cardiologista intervencionista Fernanda Mangione.
Pacientes que já são mais propensos ao infarto devem ter ainda mais atenção com o risco no inverno. “Beba bastante líquido. Mantenha-se sempre bem hidratado, bem alimentado e sempre agasalhado. O infarto também pode estar associado com infecções virais. Então, tome a vacina da gripe e da covid-19. Nesta pandemia do coronavírus, mantenha as recomendações de distanciamento social e de higiene frequente e constante das mãos”, finaliza.