Você provavelmente já ouviu o hit da Joelma que diz que vai "tomar um tacacá, dançar, curtir e ficar de boa". Mas afinal, o que é tacacá? Se você nunca provou, saiba que é uma sopa de origem indígena e muito consumida por tribos por toda a Amazônia brasileira. Até o início do século 20, a mandioca, junto com o milho, era a base de acompanhamentos das refeições brasileiras em todas as regiões. E esse é justamente o ingrediente principal desse prato feito pela cozinheira Neide Juliane Freitas, mais conhecida como Dona Neide, e vendido na rua em Belém, no Pará, há mais de 55 anos, em uma tradição que passou de vó para neta.
Para o Minha Receita, que foi ao ar nesta quinta-feira, 3, a especialista no assunto ensina como o tacacá é feito. Segundo ela, a mandioca precisa ser ralada até virar uma massa antes de acrescentar um pouquinho de água. Em seguida, é peneirada com um pano para extrair o caldo. “Você tem que deixar em repouso por 24h para separar o tucupi da goma. E dessa mistura é de onde sai também nossa farinha d’água. A gente coloca na água para ferver com chicória e alho e cozinha pra virar a goma do tucupi”, explica.
A receita do tacacá leva também camarão e jambu, planta típica do norte do Brasil que possui propriedades antioxidantes e dá sensação de dormência na boca.
Na capital do Pará, é fácil encontrar o tacacá a cada esquina, mas o de Dona Neide faz sucesso na região. “Eu tô aqui há 24 anos, comecei aos 12. Hoje em dia minha avó não tá entre a gente, mas tô aqui ensinando esse legado que ela deixou. Nossa raiz é nossa origem”, disse. Palmas para Neide!