Imagine começar um churrasco hoje e terminar daqui a oito dias. Pode parecer impossível, mas foi um dos feitos que tornou Nova Bréscia, no Rio Grande do Sul, a cidade que forma os melhores assadores de carne no País. Com uma população de 3500 habitantes e colonização italiana, a região começou a tradição de formar churrasqueiros que trabalham Brasil afora na década de 1970. Em 2014 consolidou sua fama ao entrar para o Guinness Book, o livro dos recordes, após realizar o churrasco mais longo da história.
De acordo com Erick Jacquin, é difícil encontrar alguma churrascaria no País que não tenha algum funcionário nascido em Nova Bréscia. Até Albino Ongaratto, conhecido por ter inventado o rodízio de carne em churrascaria, nasceu ali. E para celebrar esse berço dos churrasqueiros, eles decidiram fazer um encontro há 6 anos, sem muita programação. A “reuniãozinha” começou no dia 15 de fevereiro de 2014 e terminou no dia 23, de domingo a domingo.
Foram 15 mil kg de carne e mais de 50 mil pessoas que passaram pelo evento. “Foi acontecendo dia a dia e crescendo de maneira espantosa”, conta o churrasqueiro Paulo para o repórter Carlinhos Carneiro, do Minha Receita.
De acordo com os especialistas na região, o que faz sucesso por ali é a ponta do peito e a costela. E o segredo é assar os dois cortes de forma lenta. O motivo? O fogo baixo faz com que as fibras da carne derretam, garantindo a maciez. Já o fogo alto estoura as fibras da carne, o que deixa a peça dura.
Além disso, outro segredo está na hora de colocar o sal. “A gente tem que respeitar o gosto de cada um, mas o nosso jeito de temperar a carne é fazer na hora que vai pro fogo”, explica o churrasqueiro.