Se a Cinderela fosse brasileira, sua carruagem seria de mandioca, não de abóbora. Chamado pelo antropólogo Câmara Cascudo de “rainha do Brasil”, o alimento nativo do País pode ser consumido de muitas formas, como farinha, goma, polvilho e tucupi. A Le Cordon Bleu, considerada a maior rede de escolas de culinária do mundo, explica no Minha Receita a diferença entre elas.
Uma das formas mais populares de consumo é a farinha. Para sua produção, a mandioca fica de molho, é espremida e passa pela secagem até virar o ingrediente fundamental para massas, bolos e também para a farofa.
Depois de extrair a farinha, o que sobra no fundo do tacho é outra maneira de consumo da mandioca: a goma de tapioca.
O polvilho também vem da massa de mandioca e passa por um pano para ser filtrado. O pó que decanta no fundo da panela ainda é fermentado até virar alimento que conhecemos. A versão azeda serve para fazer pão de queijo e sequilho. Já a doce é ingrediente da chipa, típico biscoito paraguaio.
Além disso, da mandioca também se faz o tucupi, ingrediente de caldos populares no norte do Brasil. Mas é necessário um longo processo para esse líquido dourado extraído da mandioca brava ser consumido. Ela precisa ser fermentada e muito bem cozida para reduzir o ácido cianídrico, que é venenoso, em um processo que dura de 3 a 5 dias. Já imaginou quantos desastres aconteceram até descobrir o tempo ideal para tirar o veneno?
Independentemente da sua maneira preferida de consumo, não há como negar que a mandioca é versátil e, junto com o arroz e feijão, um dos alimentos mais populares do Brasil. Assista ao vídeo para saber mais.