Brigadeiro, rapadura, beijinho… Estrangeiros costumam achar as sobremesas tipicamente brasileiras muito doces. E existe um motivo pelo qual a gente capricha no açúcar na hora de preparar as receitas por aqui. Por muito tempo, o ingrediente foi característica de riqueza no País. Mas como assim? O ‘Minha Receita’ explica.
No século 16, a civilização do açúcar denominou a sociedade brasileira nordestina, marcada pelo engenho e plantação de cana-de-açúcar. O produto chegou a valer seu peso em ouro e, na época, esculturas do ingrediente eram feitas para mostrar o poder e nobreza das famílias.
Os primeiros doces a surgirem foram os bolos, segundo a historiadora Joyce Galvão. Na época, o ofício de fazer bolo era considerado nobre e, inicialmente, relegado às senhoras de engenho.
Um desses bolos foi o tradicional Souza Leão, doce brasileiro que recebeu o título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Pernambuco, em 2007. “Ele tem uma quantidade muito grande de açúcar porque era um bolo feito para homenagear uma família, Souza Leão, que era nobre. O açúcar também era uma especiaria nobre e eles queriam mostrar à sociedade quão nobre e rico eles eram.”