O brigadeiro é o queridinho de muitos brasileiros na hora de escolher um doce. Mas você sabe como essa sobremesa foi inventada? O quinto episódio do Minha Receita, comandado por Erick Jacquin, foi especial sobre doces e contou como surgiu nosso hábito de diferenciar comidas salgadas de doces até a criação de alguns quitutes que são sucesso em padarias e festas de aniversários hoje em dia.
Antes de saber como o brigadeiro surgiu, vale entender como o chocolate virou sucesso no Brasil. O cacau nativo da Amazônia era cultivado por maias e astecas na América Central, que faziam com ele uma espécie de chocolate quente. No País, era cultivado no Pará e foi migrando até chegar na Bahia, onde encontrou o lugar ideal para dar seus frutos na sombra da Mata Atlântica. Ali começou a nascer o chocolate.
No processo, o primeiro o cacau é fermentado com microorganismos que estão na sua casca e se misturam quando o fruto é aberto com faca. Depois, secam ao sol, passam pela torra e prensa, de onde sai a manteiga de cacau e o cacau em pó. Com eles, é feito o chocolate amargo, misturando açúcar; ou ao leite, com açúcar e leite.
E claro, sem chocolate, não tem brigadeiro. Em 1946, o Brigadeiro Eduardo Gomes era candidato a presidente. E a doceira Heloisa Nabuco de Oliveira, que o apoiava fervorosamente, inventou um docinho feito de leite condensado, manteiga e chocolate para arrecadar fundos para a campanha. As pessoas iam nos domicílios arrecadar fundos e aproveitaram para comer o brigadeiro.
O sucesso foi tanto que a receita foi passada para frente e hoje é uma das sobremesas mais famosas por aqui.
Como surgiram as sobremesas?
A diferenciação entre comida salgada e comida doce aconteceu no século 17. O açúcar era um ingrediente raro e muito caro, ele valia o peso em ouro. “Ele foi disseminado para o mundo a partir da produção brasileira. As coisas feitas de açúcar passaram a ser servidas no final da refeição. E chamavam isso de de sobremesa. Ao mesmo tempo, quando nascem as sobremesas, nasce uma nova profissão. Os cozinheiros se especializam e são chamados de confeiteiros”, explica a historiadora Joana Montelone.
