Cada vez mais popular na composição de pratos, a pimenta é um item que não passa despercebido quando se trata de ardência. A tolerância aos mais variados tipos de pimenta varia de pessoa para pessoa, mas algumas, como a biquinho ou a de cheiro, costumam ser mais bem aceitas pela comunidade.
Isto porque as pimentas têm ardências diferentes, que são classificadas usando a escala de Scoville. Criada em 1912 pelo farmacêutico Wilbur Scoville, essa escala mede a quantidade de água com açúcar necessária para diluir a ardência de uma pimenta.
Por exemplo, a pimenta biquinho é classificada como 1000 na escala de Scoville. Isso significa que para diluir totalmente a pungência de 1 xícara de pimentas biquinho seria necessário 1 mil xícaras de água com açúcar. Atualmente, o método foi melhorado e foram criadas as unidades de calor Scoville (SHU).
Segundo essa escala, a pimenta mais ardida do mundo é a Pepper X. Ela foi apresentada no final de 2017 por Ed Smokin Currie, um criador de pimentas dos Estados Unidos. Sua pungência é estimada em 3,18 milhões de SHU e ela arde quase o dobro que a Carolina Reaper.
Só para efeitos de comparação, o spray de pimenta utilizado pelas forças policiais para dispersar multidões, tem entre 2 e 4,5 milhões de SHU na escala de Scoville.
Mas e o que diz o Guinness Book?
Atualmente, o livro dos recordes diz que a pimenta mais ardida do mundo é a Carolina Reaper. Também criada por Ed Currie, essa variante assumiu o título em 2017. A Carolina Reaper possui em média uma ardência de 1,56 milhão de SHU.
Outras pimentas que já ostentaram o título de mais ardida do mundo foram a Naga Viper (1,38 milhões de SHU) e a Scorpion Butch T (1,46 milhões de SHU).
Confira abaixo a ardência das pimentas mais comuns no Brasil
Pimenta biquinho – 1 mil de SHU na escala de Scoville
Pimenta dedo-de-moça – 5 mil de SHU na escala de Scoville
Pimenta-de-cheiro – 10 mil de SHU na escala de Scoville
Pimenta malagueta – 60 mil de SHU na escala de Scoville