O que é reeducação alimentar? Nutricionista indica como fazer

Especialista explica quem pode fazer reeducação alimentar e como começar; saiba também as vantagens em relação a dietas restritivas

Stefani Sousa

O que é reeducação alimentar? Nutricionista indica como fazer  Reprodução/Unsplash
O que é reeducação alimentar? Nutricionista indica como fazer
Reprodução/Unsplash

Mais abrangente que uma dieta, a reeducação alimentar pode ser considerada um “estilo de vida”, diz a nutricionista Amanda Maffei. Ao contrário de um plano alimentar rígido, na reeducação o indivíduo aprende hábitos para a vida toda, pautados na atuação dos alimentos no corpo e na necessidade de porções bem distribuídas. 

Em entrevista ao Band.com, a especialista ressalta que parte importante de um processo alimentar saudável é o autoconhecimento. “Você precisa saber o que pode comer, o que gosta e quais são as proporções adequadas para cada coisa”, explica. Ela garante que tudo é liberado na reeducação, o importante é definir limites e quantidades. Ainda tem dúvidas? Abaixo, solucionamos as principais questões sobre o tema:  

Quem pode fazer reeducação alimentar?  

Ao contrário do que muita gente imagina, a reeducação não é usada somente no processo de emagrecimento. Qualquer pessoa pode se reeducar com a ajuda de um especialista. É o caso de quem está começando a desenvolver algum problema de saúde, busca práticas mais saudáveis ou precisa tratar alergias alimentares. 

“Uma pessoa com enxaqueca ou uma doença autoimune, por exemplo, quando ela começa a se reeducar, os sintomas melhoram”, diz Amanda. Vale ressaltar, no entanto, que cada pessoa tem necessidades específicas dentro de um plano alimentar.

Como é feita a reeducação alimentar? 

“Inicialmente eu pergunto o que o paciente come e ele me fala as escolhas de um dia inteiro, incluindo aos finais de semana. Eu questiono o que ele gosta de comer, qual é a refeição preferida e vou melhorando o cardápio gradualmente”, explica. Durante todas as consultas, as trocas são graduais, respeitando limites e propondo substituições mais nutritivas, como comer frutas, ovos e fibras ao longo do dia.  

É uma alteração de paladar em que os pequenos hábitos vão ganhando maior proporção. O ideal é que quem está passando pela reeducação não ache o processo cansativo ou trabalhoso, mas sim algo possível de ser feito para melhoras significativas na qualidade de vida. O importante não é a pressa, mas a mudança de mentalidade.  

Uma dica? “Se você não come nada entre o almoço e o jantar, fica com muita fome na última refeição. Por isso, o ideal é se alimentar à tarde. Pode ser uma fruta, um iogurte ou um lanchinho. Tudo conforme a rotina. O importante é não mudar tudo de uma vez e fazer manutenções a cada 45 dias.” 

Fique de olho no horário das refeições  

O grande erro da população é espaçar muito as refeições. Embora a rotina seja agitada, é importante comer no horário e não passar muito tempo em jejum. A frequência das refeições diminui a quantidade de comida no prato. Outro alerta é com as proporções: “Brinco com alguns pacientes que eles devem imaginar que estão comendo em um prato de sobremesa. Um exercício válido para reduzir porções.”  

Reeducação é mais eficiente que dieta? 

“Totalmente”, garante a nutricionista. E inclusive pode ser mais fácil: “As pessoas têm medo de passar fome e ficam receosas com dietas. Você para de comer tudo o que gosta, se cobra para dar certo, muda tudo e, às vezes, quando para, ganha peso. Dieta tem duração estimada, a reeducação é para o longo prazo”, explica.   

Custa caro? 

É mito que comer bem custa caro e exige ingredientes inacessíveis. Reeducação é comer comida: arroz, feijão, legumes, verduras e frutas. "Não precisa ‘gourmetizar’ nada e ainda é muito mais barato que pizza, refrigerante e sobremesas”, afirma. 

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