O Réveillon está chegando e, por isso, os preparativos para as comemorações estão a todo vapor. Entre as tradições mais conhecidas estão vestir branco, acender velas para pedir boas energias para o próximo, além de comer lentilhas e uvas e brindar com espumante. Mas você já se perguntou por que brindamos com essa bebida?
Na antiguidade, o consumo de vinho misturado com água era comum, uma vez que essa era uma das poucas formas de purificar a água, já que não existiam sistemas de tratamento. Na Idade Média, o vinho passou a ser associado a fartura e celebrações, sendo muito presente em banquetes e festas da realeza.
Aos poucos, as bebidas começaram a simbolizar alegria e, no século XVI, o método champenoise foi introduzido, segundo Leandro Lousada, fundador do canal “Conhecimentos da Humanidade” e graduado em Ciências da Religião pela Universidade Unimais. Ele explica que esse método era caro e, por isso, os primeiros champanhes tornaram-se um símbolo de luxo e exclusividade entre a alta sociedade.
Assim, adquirir uma garrafa de espumante ou champanhe era algo reservado aos mais ricos. “Esse hábito foi se espalhando, e quando alguém fora da nobreza conseguia comprar uma garrafa, era motivo de grande comemoração”, afirma Lousada.
A popularização do espumante foi impulsionada pela Inglaterra, que desenvolveu garrafas capazes de suportar a pressão do gás carbônico presente nas bebidas espumantes. Após a Segunda Guerra Mundial, sua comercialização tornou-se ainda mais acessível.
Hoje, o espumante está disponível em diferentes faixas de preço, desde opções mais econômicas até as mais sofisticadas. Mesmo assim, ele ainda carrega um ar de nobreza e luxo, sendo amplamente utilizado nas festas de fim de ano para celebrar o novo ano e em momentos especiais. Além disso, sua tonalidade dourada e as bolhas reforçam o caráter festivo, tornando-o a escolha perfeita para brindes.