A sommelière é formada pela Ecole d´ingenieurs Oenologiques de Changins, na Suíça, Trabalhou por 10 anos em restaurantes na Europa e, em São Paulo, trabalhou na Figueira Rubaiyat, D.O.M, Le Vin e Sabuji. Escreveu por seis anos na Veja São Paulo e também foi colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.
A gente já falou bastante sobre a Chardonnay, a uva branca mais famosa, e agora quero falar um pouquinho sobre a Cabernet Sauvignon, que seria a equivalente tinta e que também ficou muito, muito famosa.
Os vinhos produzidos a base dela são vinhos de corte, que tem mais de uma uva, mas a base é ela. Foi na região do Médoc, dentro de Bordeaux, que houve em 1855 uma classificação dos vinhedos, o que dá status importante para o vinho. O vinho da região do Médoc, em Bordeaux, tem fama há muitos séculos.
Quando a Califórnia se propôs a produzir grandes vinhos tintos, ela se inspirou nesse estilo a base de Cabernet Sauvignon. E a Cabernet fica muito famosa no mesmo momento que a Chardonnay, que é no Julgamento de Paris, quando os vinhos franceses são colocados à prova junto com os vinhos californianos num júri 100% francês, que atesta ali – em degustações às cegas – o californiano em 1° lugar.
É neste momento que as pessoas começam a observar: “Espere aí, então você não precisa estar na Europa para produzir grandes vinhos? Você consegue produzir grandes vinhos fora da Europa?” E é aí que o novo mundo surge como uma realidade mesmo. É a Cabernet Sauvignon a uva que leva essa possibilidade para tantas regiões.
