A sommelière é formada pela Ecole d´ingenieurs Oenologiques de Changins, na Suíça, Trabalhou por 10 anos em restaurantes na Europa e, em São Paulo, trabalhou na Figueira Rubaiyat, D.O.M, Le Vin e Sabuji. Escreveu por seis anos na Veja São Paulo e também foi colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.
Durante toda essa semana, a gente está falando aqui na nossa coluna de vinhos da Rádio BandNews FM sobre variedades de uvas aromáticas. Ué, Alexandra, mas não é toda uva que tem cheiro? Todo vinho tem cheiro, né? Sim, é verdade, mas o cheiro do vinho vai variar de acordo com o clima e de como foi feito.
Existe muita variação aromática, mas algumas variedades possuem um cheiro tão extremo, que é possível reconhece-la independente de como tenha sido a produção. Esse é o caso de uma “filha” da Moscatel, que é a Torrontés.
A Torrontés é uma uva criada na Argentina a partir do cruzamento de duas outras uvas: a Moscatel e outra uva espanhola, conhecida como Listán Prieto, que na Argentina é conhecida como Criolla.
O resultado, de maneira geral, do vinho produzido com a Torrontés argentina é um aroma de muitas flores e com muito mel no nariz. Lá na Argentina, o clima é quente, portanto, os estilos de vinho possuem álcool bem marcado, mas com acidez presente.
Esse tipo de vinho é perfeito para harmonizar com comidas perfumadas e temperadas, como carnes que levam temperos mais adocicados, como canela.
