A sommelière é formada pela Ecole d´ingenieurs Oenologiques de Changins, na Suíça, Trabalhou por 10 anos em restaurantes na Europa e, em São Paulo, trabalhou na Figueira Rubaiyat, D.O.M, Le Vin e Sabuji. Escreveu por seis anos na Veja São Paulo e também foi colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.
Para falar da Austrália, vamos começar falando de regiões onde o estilo australiano fica muito impresso em seus rótulos. Quando a gente pensa em vinho australiano, a gente associa muito ao vinho tinto encorpado, muito rico e bem Novo Mundo. O clássico é o Syrah (ou Shiraz) da região de Barossa.
O Barossa Valley fica em volta da cidade de Adelaide, na região da Austrália do sul, na Austrália Meridional, que é rodeado por outras regiões mais frias. Mas o Vale do Barrosa tem essa característica de clima quente, de um solo muito quente, muito rico e muito vermelho. Ali a gente encontra um dos Syrah mais robustos do país.
Indo um pouco mais para o sul, tem uma região que se chama Livingstone Coast (ou Costa do Calcário), que é uma região que a gente encontra justamente muito calcário. Ali a gente tem Kunwarara, uma região que tem terra "rossa", o calcário vermelho. Essa faixa de calcário vermelho te dá estilos de Syrah e Cabernet muito robustos também.
Logo acima, na mesma faixa, a gente tem outra região que se chama Pettaway. Lá a gente também volta para esses estilos muito ricos, muito cheios e muito australianos principalmente de Syrah, que é a uva emblemática. Mas também há outras variedades, principalmente de Cabernet, Cabernet Merlot, que tem essa pegada mais rica, cheia e alcoólica.
