Qual a diferença entre alimentos perecíveis e não perecíveis?

Nutricionistas explicam e apresentam dicas de consumo e armazenamento para cada um deles

Bruna Berti

Alimentos perecíveis possuem mais água na composição Envato Elements
Alimentos perecíveis possuem mais água na composição
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Na hora de fazer as compras no mercado, você prefere compras várias vezes ao mês em pequenas quantidades ou uma vez para aproveitar as promoções e reforçar a despensa? A segunda opção, que era muito presente na vida dos brasileiros até a década de 90, vem sendo retomado por grande parte da população, que busca comprar em maior quantidade para economizar. Porém, é preciso saber comprar com inteligência, buscando o equilíbrio entre alimentos perecíveis e não perecíveis, de acordo com o consumo de cada família, para evitar desperdícios em meio à crise. Mas você sabe quais as diferenças entre estes dois tipos de alimentos?

Segundo a nutricionista Joyce Rouvier, os alimentos perecíveis possuem mais água na composição e, por conta disso, estragam com maior facilidade por serem mais suscetíveis ao crescimento de microrganismos. Já os não perecíveis, que possuem menor teor de água, são mais secos e, geralmente, industrializados, possuindo o prazo de validade maior.

“Os alimentos não perecíveis ficam mais estáveis em temperaturas ambiente e, geralmente, costumam passar por processamentos e, até mesmo, serem acrescidos de conservantes” explica Valéria Goulart, também nutricionista. Frutas secas, feijão, arroz, alimentos em conserva, macarrão e farinhas são exemplos destes produtos, os quais permitem serem estocados por maior tempo, principalmente em local fresco e livre de luz solar e em embalagem devidamente fechada, sendo ótimas opções de itens a serem comprados em maiores quantidades.

Por outro lado, os perecíveis possuem curta validade, estando neste grupo as frutas, legumes, verduras, laticínios e carnes. Neste caso, os alimentos serão armazenados de acordo com cada tipo, algumas frutas devem ser guardadas dentro da geladeira, como o morango, prolongando seu estado. “É importante que este grupo de alimentos esteja sempre na parte mais fria da geladeira, como as gavetas refrigeradas, assim elas irão durar muito mais”, explica Valéria. 

A nutricionista ainda conta que as verduras e legumes não devem se misturar, pois cada uma possui o seu ciclo e, embalá-los separadamente irá ajudar a conservar por um período de tempo maior. 

Para prolongar o prazo de validade de legumes e verduras, a técnica de congelamento pode ser uma boa saída. Além disso, as frutas congeladas ainda facilitam a criação de bebidas saudáveis, como os smothies, e algumas, como as uvas, se tornam snacks refrescantes quando consumidos ainda congelados.

No caso das carnes, que também se enquadram dentro da família dos perecíveis, o ideal é congelar assim que chegar do mercado ou açougue. As aves podem ser mantidas por até nove meses no congelador; o tempo cai para oito meses para carne vermelha; e, para carnes suínas, seis meses. Na geladeira, o prazo de validade chega ao fim em, aproximadamente, três dias. 

Qual é o mais saudável?

Para Joyce, ambos os alimentos devem fazer parte da rotina alimentar, entretanto, do ponto de vista nutricional, o consumo de alimentos perecíveis é indicado em maior quantidade, por conta do alto teor de vitaminas, fibras e minerais, trazendo maiores benefícios para a saúde, como prevenção de diabetes e hipertensão. No caso dos não perecíveis, devem ser consumidos com moderação, principalmente por conterem mais conservantes e aditivos.

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