A sommelière é formada pela Ecole d´ingenieurs Oenologiques de Changins, na Suíça, Trabalhou por 10 anos em restaurantes na Europa e, em São Paulo, trabalhou na Figueira Rubaiyat, D.O.M, Le Vin e Sabuji. Escreveu por seis anos na Veja São Paulo e também foi colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.
Hoje quero falar de dois lugares bem distantes entre si, mas que produzem vinhos muito interessantes. O único problema é que, aqui no Brasil, existem poucos exemplares de seus vinhos. Mas, acredite, vale a pena provar quando puderem.
O primeiro é o vinho tinto de Vinho Verde. Aqui, gente, não se faz referência à cor do vinho, tá? Vinho Verde é, na verdade, o nome de uma região de Portugal, assim como existem por lá o Douro, o Alentejo, Lisboa... em Vinho Verde o estilo mais famoso é o branco, mas eles têm ótimos tintos e roses espumantes.
Os tintos de Vinho Verde não são levinhos, tá? São vinhos “raçudos”, com acidez e taninos, mas tendem a ser muito perfumados e alcoólicos zero pesados. Contudo, por causa da quantidade expressiva de taninos, eles pedem comida, de preferência as mais pesadas, como embutidos e carnes densas.
Outra reunião produtora – e que vale a pena experimentar seus vinhos – é a Alemanha, os tintos de lá, principalmente. Por causa do clima frio do país, os vinhos acabam sendo muito perfumados. São tintos com boa acidez, frescor e boca refrescante. Também não são tintos leves, mas não possuem nada daquele álcool pesado.