Só alguém que realmente gosta de carne suína seria capaz de inventar um “pururucador”, ou máquina para fazer pururuca. E essa é a história do médico e parteiro Luiz Ney, que é também cozinheiro e ficou conhecido por preparar a iguaria, feita com carne de porco, na cidade mineira de Tiradentes. No Minha Receita, ele mostra como é feita a pururuca eleita a melhor do País por Erick Jacquin.
De acordo com Ney, o primeiro passo é assar a carne. E cada parte do porco tem um tempo de assamento. A costela, por exemplo, é mais fininha e exige menos tempo de fogo, enquanto a paleta é maior e demanda mais tempo. A dica é sempre deixar a pele para cima ao colocar a carne no fogo. “A pele tem que ser preservada e bem assada porque ela protege a carne e o calor não dissipa, o que faz com que derreta o toucinho e vá confitando”, detalha.
Depois que a carne estiver assada, é a hora da mágica. No centro da cidade de Tiradentes, em frente a igreja a céu aberto, os pedaços assados de carne são levados para o “pururucador” entrar em ação. O aparelho, que foi uma ideia do Ney e do seu avô, é um queimador de infravermelho industrial. “Pororoca é o barulho do milho virando pipoca. E no Sul pororoca virou pururuca”, diz ao mostrar o passo a passo.
A partir daí o que resta para fazer o petisco à base de pele desidratada e carne suína é controlar o tempo do uso do aparelho.
O cheiro chama atenção por quem passa no local. E também de Jacquin, que ganhou uma marmita e escolheu a receita como sua preferida feita com carne de porco no País. “Extraordinária”, disse.
Assista ao vídeo e veja o processo.
- facebook
- twitter
- whatsapp