A sommelière é formada pela Ecole d´ingenieurs Oenologiques de Changins, na Suíça, Trabalhou por 10 anos em restaurantes na Europa e, em São Paulo, trabalhou na Figueira Rubaiyat, D.O.M, Le Vin e Sabuji. Escreveu por seis anos na Veja São Paulo e também foi colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.
Uma pergunta que me fazem muito: sou iniciante, gosto de tomar vinho doce, como faço para evoluir no paladar? Gente, o brasileiro tem um “problema” com vinho doce, porque ficou marcado no imaginário de que todo vinho doce é aquele de garrafão, malfeito e que todo mundo enchia a cara antigamente. Com isso, tem muita gente que acha que o vinho doce é de má qualidade – mas é exatamente o contrário.
Nos grandes países produtores, os vinhos de sobremesa são joias da viticultura. O que acontece, porém, é que são vinhos de elaboração difícil e, por isso, tem valor mais elevado. Talvez, os que a gente encontre com preço mais acessível são: os do Porto, como o Rubi, ou vinhos de colheitas tardias do Chile e da Argentina.
Contudo, nunca é interessante ficar só no vinho doce, tá? Os rótulos de sobremesa têm a função de acompanhar justamente o fim da refeição e, por isso, não vão harmonizar com salgados e, se ingeridos com uma carne, por exemplo, não serão agradáveis na digestão.