Apesar de ser o dono de 12 troféus de Roland Garros e estrear contra um jogador que ocupa a 83ª posição do ranking, Rafael Nadal pode ter um caminho relativamente difícil para chegar até a final do Grand Slam francês, que tem transmissão do BandSports. O espanhol ainda acredita que as diferentes condições do torneio este ano, que foi transferido de maio para setembro por causa da pandemia do novo coronavírus, exigirão dele a sua melhor versão em todas as temporadas.
“O que você precisa é ter a energia certa para aceitar cada coisa. É isso que estou fazendo. Apenas me mantendo positivo, sabendo que as condições não são perfeitas para mim, talvez não sejam perfeitas para os outros também, e eu aceito que precisarei da minha melhor versão para ter chances”, avaliou Nadal.
“Nunca fui imbatível no saibro. Novak [Djokovic] me venceu muitas vezes”, afirmou. “Mas ao mesmo tempo é verdade que eu tive muito sucesso nesta superfície. Mas a situação é especial. As condições aqui provavelmente são as mais difíceis que já tive em Roland Garros por diferentes razões. A bola é completamente diferente, superlenta, pesada. Está muito frio. São condições lentas”, disse.
Nadal estreia no saibro de Paris nesta segunda-feira, 28, contra o búlgaro Egor Gerasimov. Mesmo tendo uma primeira rodada teoricamente tranquila, ele pode enfrentar Alexander Zverev, vice-campeão do US Open, nas quartas de final. Se passar pelo alemão, que bateu Dennis Novak por 3 sets a 0 nesta segunda-feira, 27, seu adversário na semifinal pode ser o campeão do Aberto dos Estados Unidos, Dominic Thiem, a quem derrotou nas duas últimas decisões de Roland Garros (2019 e 2018).
Então, para conquistar sua 13ª taça de Roland Garros e empatar em 20 títulos de Grand Slam com Roger Federer, o maior vencedor, Rafa precisaria superar Novak Djokovic, seu grande rival nos últimos anos, em uma eventual final.
Enquanto Nadal disputou apenas um torneio desde fevereiro, sendo eliminado surpreendentemente por Diego Schwartzman nas quartas de final do Masters 1000 de Roma, na semana passada, Djokovic não apenas faturou o título na capital italiana como tem jogado mais e vem de uma série de 31 vitórias e apenas uma derrota, que na verdade foi a sua desclassificação no US Open após acertar uma bolada em uma juíza de linha. O sérvio também chega como um fortíssimo candidato ao título.
“Claro que a preparação foi menor do que a usual. Mas estou aqui para lutar e jogar na minha mais alta intensidade possível, com a atitude correta, para me dar uma chance. Este é o meu principal objetivo. Ser competitivo na segunda, e tentar. Um dia de cada vez.
Conheço este lugar muito bem. Tudo se resume a ser paciente, ser positivo, apenas tentando encontrar vibrações positivas todo dia”, disse o número 2 do mundo.
“As condições na quadra estão completamente diferentes dos anos anteriores. Apenas vou continuar tentando trabalhar duro. Não estou tendo maus sentimentos. Estou apenas focando no que preciso fazer para estar pronto. Esse é o meu objetivo”, finalizou Rafa.
