O tradicional arroz branco faz sucesso no Brasil e é um clássico combinado com o feijão, presente na mesa de milhões de pessoas todos os dias. As receitas com o ingrediente, no entanto, não param por aí e, em diversos restaurantes, pratos doces e salgados fazem a alegria da clientela. Entre os mais amados estão baião de dois, arroz pantaneiro e doce. Veja aqui quais são os melhores de acordo com o programa Minha Receita, do chef Erick Jacquin.
Baião de dois do Mocotó, do chef Rodrigo Oliveira
Na zona norte de São Paulo, longe dos restaurantes mais famosos da cidade, fica uma joia da culinária brasileira: o Mocotó. Criado por Zé Almeida na década de 1970, o lugar ganhou uma pitada de renovação com seu filho, Rodrigo Oliveira, e passou a frequentar as listas de melhores restaurantes da América Latina. Da Vila Medeiros, o estabelecimento ganhou o mundo e é reconhecido internacionalmente, principalmente pelo seu baião de dois. A receita começa com um refogado com azeite e manteiga de garrafa, o que dá um sabor especial. O arroz agulhinha ou parboilizado leva um caldo saboroso de galinha. E o mais importante, os vegetais entram só no final.
Arroz pantaneiro, do cozinheiro Hélio Martins Lopes
O arroz carreteiro, que leva carne seca, é um prato típico do Rio Grande do Sul e surgiu, como o nome já diz, com os transportadores de carga em carros de boi. A receita fez sucesso e se espalhou por outros cantos do País, inclusive no Pantanal, que ganhou a versão de arroz pantaneiro. O arroz com charque, que é a carne salgada e seca ao sol, se popularizou nas comitivas pelo Pantanal. Por lá, o cozinheiro Hélio Martins Lopes conta que é preciso apenas 20 minutos para montar uma cozinha ambulante em meio à viagem. E é a partir daí que tudo acontece. Segundo ele, o segredo para a comida durar é o tempero.
Arroz doce da Culinária de Terreiro, na Bahia, comandada pela chef e pesquisadora Solange Borges
Na cidade de Camaçari, na Bahia, fica o Terreiro Unzo N'Ganga Kuatelesa Ninza. Ali nasceu a Culinária de Terreiro, curso da cozinheira e pesquisadora Solange Borges. Por lá, alguns ingredientes são carro-chefe, como dendê, coco e arroz, principalmente o doce. Solange explica que, para fazer a sobremesa só pode ser usado arroz branco porque comidas brancas carregam o simbolismo de prosperidade, riqueza e vitória. Além disso, a receita também leva açúcar, coco ralado e um toque especial: “Em vez de jogar o cravo e canela, faço um chá com eles para dar o sabor”, explica.
