A sommelière é formada pela Ecole d´ingenieurs Oenologiques de Changins, na Suíça, Trabalhou por 10 anos em restaurantes na Europa e, em São Paulo, trabalhou na Figueira Rubaiyat, D.O.M, Le Vin e Sabuji. Escreveu por seis anos na Veja São Paulo e também foi colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.
A gente está falando nesses dias sobre alguns vinhos que ficam um pouquinho no esquecimento e atrás de outros mais famosos, produzidos em regiões mais conhecidas e com uvas mais populares. E um deles é o vinho feito com a Tempranillo. Pois é, a uva espanhola conhecida em Portugal como Aragonez ou Tinta Roriz.
Tempranillo é uma uva que fica bem em climas quentes, se adapta bem. Ela dá um vinho com muita cor, aromas e frutas. Tem taninos finos, boa acidez e se não for plantada em clima extremamente quente, dá um vinho que tem álcool, mas sem ser exagerado, sem ser muito doce.
Ou seja, é uma uva com muito potencial e que ficou, assim, um pouco restrita. Claro que tem Tempranillos na Argentina em outras regiões, como a Austrália – que ousa muito com essa variedade –, mas não são comuns.
Na Espanha, como, geralmente, não aparece o nome da uva no rótulo, você pode escolher pelas denominações de origem, como a Rioja, região que produz vinhos de corte, mas com porcentagem alta de Tempranillo, além da Ribera del Duero. Não deixem de tomar!
