Sua Carta de Vinhos

Vinhos e carnes gordurosas: Alexandra Corvo ensina como harmonizar

Alexandra Corvo

Sua Carta de Vinhos, com Alexandra Corvo

A sommelière é formada pela Ecole d´ingenieurs Oenologiques de Changins, na Suíça, Trabalhou por 10 anos em restaurantes na Europa e, em São Paulo, trabalhou na Figueira Rubaiyat, D.O.M, Le Vin e Sabuji. Escreveu por seis anos na Veja São Paulo e também foi colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.

Vinhos e carnes gordurosas: Alexandra Corvo ensina como harmonizar
Vinhos e carnes gordurosas: Alexandra Corvo ensina como harmonizar
Unsplash

Sempre que a gente for pensar em harmonização, a gente tem que pensar nas estruturas e nos sabores tanto do vinho, quanto da carne. Ou seja, não é simplesmente ‘vinho tinto com carne’. 

A carne não é uma coisa só. A gente tem que pensar que ela pode ser uma costela, que vai ser diferente de um mignon... Quando a carne tem gordura, tem osso perto, aquela coisa mais gelatinosa e cheirinho defumado, típicos de carne que estão perto de ossos, a gente já tem que mudar o vinho, não é qualquer um que vai combinar. 

Leia também
Costela especial com farofa de ervas
Costela suína crocante
 

E por que? Alguns vinhos têm mais tanino, mais acidez, mais álcool... De todas as maneiras, a regra número 1 é a gente fugir de vinhos muito alcoólicos. Os com muito álcool tendem a ressecar a fibra da carne e dão a sensação da carne está um pouquinho dura. 

Então, vamos sempre buscar vinhos com mais frescor, vindo de climas mais frios, a gente pode abusar, sim, dos taninos. Lembrando que os taninos vêm das uvas, então cada variedade de uma tem mais ou menos tanino. A Tannat, a Canernet Sauvignon, a Syrah, a Nebbiolo, por exemplo, são variedades com bastante taninos e podem combinar muito bem com carnes gordurosas, como costela, um cupim, um ossobuco, que são gelatinosas.

OUÇA MAIS COLUNAS DA ALEXANDRA AQUI.