A sommelière é formada pela Ecole d´ingenieurs Oenologiques de Changins, na Suíça, Trabalhou por 10 anos em restaurantes na Europa e, em São Paulo, trabalhou na Figueira Rubaiyat, D.O.M, Le Vin e Sabuji. Escreveu por seis anos na Veja São Paulo e também foi colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.
A gente falou bastante de vinho leve, principalmente para aqueles que gostam de Pinot Noir. E tem outra região que eu gostaria de sugerir, que vale muito a pena conhecer, mesmo que os vinhos não sejam tão, tão leves, quanto os feitos na Borgonha com a Pinot Noir: que é o Dão, em Portugal.
Os vinhos do Dão, de maneira geral, são vinhos de corte, ou seja, levam blend de várias uvas e o resultado, por causa do clima mais frio, é de uma bebida com bastante acidez, taninos com estrutura e boa experiência aromática.
A estrutura aromática realmente existe nos vinhos do Dão, embora não sejam parecidos com os da Borgonha. Eu estou falando, aqui, em termos de estrutura de frescor e de perfume. O Dão produz vinhos muito perfumados. Por isso, atenção: o ideal é abrir um vinho de lá e esperar meia hora antes de consumir, deixando a garrafa aberta mesmo. Você pode usar, inclusive, um decanter, jarra ou taça maior para fazer a aeração.
O frescor é impressionante, por isso eles entram um pouco, sim, nesta categoria de vinhos mais frescos e leves de certa maneira.