A sommelière é formada pela Ecole d´ingenieurs Oenologiques de Changins, na Suíça, Trabalhou por 10 anos em restaurantes na Europa e, em São Paulo, trabalhou na Figueira Rubaiyat, D.O.M, Le Vin e Sabuji. Escreveu por seis anos na Veja São Paulo e também foi colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.
A Chardonnay, sem a menor sombra de dúvidas, é a uva branca mais conhecida de todas. E por que é que ela é tão famosa?
Ela ficou conhecidíssima quando o inglês Steven Spurrier, quando jovem, nos anos 70, foi morar na França e abriu uma lojinha de vinhos lá. Ele começou a se inteirar de que havia grandes vinhos californianos sendo produzidos ali. Ele, como inglês e grande consumidor de vinho francês, não acreditou muito naquilo, não. Mas, no final, ele acabou indo para a Califórnia provar esses vinhos.
E o que a Califórnia estava produzindo na época? Brancos inspirados nos grandes brancos da Borgonha, a base de Chardonnay, fermentados em barrica; e tintos que lembrassem os grandes tintos de Bordeaux.
Ele, então, leva à França amostras de vinhos californianos, organiza um painel com júri 100% francês, apenas com os profissionais mais renomados e com maior expertise em degustação. Eles fazem essa degustação às cegas e o primeiro lugar fica, justamente, um californiano, e só depois, em segundo, um francês.
O que que acontece? Todo mundo começa a plantar Chardonnay em seus vinhedos. Uns tem mais, outros menos, sucesso, mas, de modo geral, descobriram que ela é uma uva muito versátil, fácil de trabalhar, que funciona bem em climas frios e quentes.